TEOREMA IV

TEOREMA IV
A substância primordial pode dividir-se, multiplicar-se, somar-se ou subtrair-se sob a influência de quatro forças: nuclear forte, nuclear fraca, eletromagnetismo e gravidade. Através destas quatro operações básicas e incitadas pelas quatro interações fundamentais a substância primordial adquire infinitas morfologias.
ESCÓLIO IV
Observamos milhares de corpos diferentes, entretanto, todos têm a mesma substância.

 A substância primordial é Tudo. Esta minha idéia surgiu das observações que faço do mundo.
Para todo lado que olho tem coisas. Comecei a fazer uma relação destas coisas. Coisas fabricadas pelo homem, meus semelhantes, animais, insetos, vegetais, odores, sentimentos, sons, ar através de lufadas de vento, microorganismos afetam nosso corpo, raios solares alimentam a vida, o celular funciona por ondas eletromagnéticas, aparelhos funcionam por energia elétrica, vivemos e envelhecemos porque respiramos oxigênio, a força da gravidade fixa tudo no solo, esse mesmo solo faz parte do planeta que comporta todos, cujo planeta esta se movimentando por causa dos seus pares. Enfim, a uma infinita variedade de coisas, mas todas sob o mesmo contexto: Universo, o qual segue leis bastante definidas que não podem ser alteradas pela vontade humana.
O Universo se resume em alguns elementos aglutinados que dão formas variadas, dependendo de qual ou com qual elemento se compõe. Observando mais profundamente esses elementos podem se resumir ao átomo: algumas variedades atômicas que por processos de união, fusão ou fissão originam as coisas.
Há estudos – da física quântica - que vão além do átomo e encontram estruturas ainda menores. Quanto mais diminuímos nossa observação maior é a complexidade das coisas, exatamente quando, através da cosmologia, estudamos grandes eventos e enormes distâncias. Há, portanto, uma relação entre o maior e o menor, cada qual com sua peculiaridade e complexidade, ambos envoltos em mistérios que continuamente tentamos desvendar.
Quanto mais aprofundamos nossos estudos nas menores coisas percebemos uma mudança de foco, pois deixamos de considerar a matéria como principal conteúdo das análises para concentrar esforços em entender os processos energéticos. Em outras palavras, a matéria cede lugar à energia.
Atualmente sabemos que a matéria pode comportar-se como energia e a energia como matéria. Então, acredito que matéria e energia são faces da mesma moeda, ou seja, são a mesma coisa configurada em uma ou em outra conforme o momento e condições específicas. 
De acordo com este raciocínio há um estado anterior a energia ou matéria. Aquele momento em que não houve a configuração da coisa, de maneira que a coisa se encontra em estado primordial, cujo qual denomino: a substância.
Acredito, portanto, que a substância primordial é ausente de qualidade, adjetivos, formas, tão-somente, possui o atributo da potência, capaz de produzir-se em qualquer coisa.
A substância inerte e neutra é agitada a partir de forças deliberadamente dirigidas a uma finalidade formal . Tais forças são conhecidas por força nuclear forte e fraca, eletromagnética e gravitacional. Essas forças e, outras que não conhecemos, são responsáveis pela manipulação da substância e conseqüentemente criação da realidade.
Percebemos essas forças de maneira individualizada pelo fato de ocorrerem em eventos determinados, de maneira que, para cada evento observado há um processo próprio no qual atribuímos a aplicação de uma força em particular. Mas, na realidade a força é sempre a mesma e única, porém não podemos assim considerá-la porque não conseguimos perceber o evento como algo unificado e inteiro, apenas vemos em partes, como se fossem dissociadas de todo o resto.
Entretanto, da mesma maneira que considero a substância primordial como única também considero a força manipuladora exclusiva.