Política, do grego polis, ou seja, cidade. Homem da cidade. Pessoa que vive em sociedade, isto é, aquele que ocupa e divide um espaço com outras pessoas. O bando humano demarcando o território. O animal racional agrupado com sua espécie no seu habitat natural: a cidade.
Política é inerente ao ser social. Ao animal racional que vive, convive com seus semelhantes. Forma pela qual esse bando animal e racional estabelece regramentos. Meio pelo qual o ser mantém-se integro fisicamente e intelectualmente exercendo a manutenção de si próprio e de seus familiares no sentido de permanecer vivo sadio.
Todo Homem é um ser político por natureza. A política começa no seio familiar. Quando pessoas do mesmo sangue, com uma convivência duradoura estabelecem laços afetivos. Neste instante são criadas normas, hierarquias, direitos e deveres.
Depois há a política da boa ou má vizinhança. De qualquer modo, normas, formas de organização são estabelecidas entre os vizinhos, que se estende pra rua, para o bairro, para a cidade, para o País.
Político não precisa pensar em política. Político não é uma pessoa determinada. Políticos são todos. Agimos como políticos diariamente.
Dentro desta convivência política sempre elegemos pessoas que vão cuidar das coisas que precisamos. Na família elegemos a mãe para saber de nossas necessidades e nos prover. Elegemos o pai para nos amparar, dar segurança. Elegemos um irmão para compartilhar coisas importantes da vida. Elegemos o vizinho para ser sindico do prédio, ou para ser presidente da associação do bairro.
Elegemos o medico de confiança para cuidar de nossos entes queridos, elegemos a melhor padaria, o supermercado preferido, o veterinário que cuida de nosso animal, elegemos as melhores e piores amizades, a pizzaria preferida. Elegemos a pessoa que vai cuidar de todas essas coisas de uma só vez: o Prefeito. E assim por diante: o Governador, o Presidente. Há sempre alguém nos representando ou falando em nosso nome, ainda que sejam fofocas.
Entre a política do dia-a-dia sempre politizamos no sentido de alcançar aquilo que nos deixa tranqüilos e felizes. Tentamos, por todos meios políticos, alcançar nossa satisfação, vejamos exemplos:
Na família. Fazemos política com os filhos, com a mulher no sentido de encontrar o razoável para se alimentar, vestir, divertir, amar. Tudo para manter unido o partido. Partido natural.
No trabalho. Trabalhamos segundo normas e regras do nosso serviço. No decorrer do labor comparamos, analisamos e comentamos a execução do serviço do outro. Deste comentário, observações são feitas por todos os participantes do “partido político” (ambiente de trabalho) onde alcançamos um consenso e um conceito. Conceito que afetará politicamente o outro, haja vista, causar-lhe reprimenda, reconhecimento, contratação ou demissão (ou tão somente comentário). E, por outro lado, causará no autor satisfação por sentir-se superior, ou, no mínimo, capaz. Tudo para manter unido o partido. Partido por adesão.
Na amizade. Política do comprometimento, compartilhamento sem invasão. Tudo para manter unido o partido. Partido constituído.
Contemos nossos pensamentos, nossas ações, raciocinamos, ponderamos tudo para manter a boa política entre tudo e todos. Fazemos política internamente, com nosso consciente e inconsciente.
Política é o governo de nós mesmos e da relação de nós com os outros.
Cada qual é uma cidade e uma ilha.
Moral da estória: pense em política como algo bom.