Em minhas veias corre o pensamento,
Em meu cérebro corre o sangue,
No meu semblante corre o espírito,
No meu espírito corre a carne,
Na minha carne corre o dia,
No meu dia corre multidão,
Entre as pessoas desta massa,
Corre ação, energia e corrosão,
E sempre volta ao pensamento,
Corroendo a carne,
Afetando o espírito,
Destruindo a massa,
Reconstruindo a carne,
Destituindo o dia,
Equilibrando o sangue.
Mais um dia que se vem, que se vai,
Entre os dedos desta matéria,
Inóspita, incruel, insosfimável,
Matéria de ninguém.