ARGUMENTO SOBRE A
INEXISTÊNCIA DA MORTE E EXPLICAÇÃO CONCEITUAL DA ETERNIDADE
PARTE II
A vida, portanto, é um conjunto
de coisas. Vários elementos reunidos que formam órgãos, sistemas.
Não há morte sem vida anterior,
nem vida que se abstenha da morte.
Cientificamente Vida é:
Critérios Objetivos: um conjunto
de elementos e condições químicos e físicos dispostos de maneira predeterminada
e de forma ordenada dando origem a um organismo. Toda vida tem que nascer,
desenvolver-se pelo crescimento, alimentar-se, reproduzir-se e envelhecer até a
morte. Esses critérios são fundamentais para considerar um ente dotado de vida.
Critérios Subjetivos: interação
entre seres da mesma espécie e com o meio exterior. Níveis de cognição e
comportamento instintivo.
Dizemos “existência”
especificamente ao ser vivo, isto é, tudo aquilo que consideramos um “ente”
imbuído da qualidade “vivo”.
Esta existência é aquela atribuída
a uma criatura cuja forma dizemos ser dotada de alma, espírito ou, tão-somente,
um sopro divino capaz de considerá-la viva.
Coisas, por outro lado, são incapazes
de crescer, alimentar-se ou reproduzir-se, não interagem consigo tampouco com
os vizinhos, são considerados objetos inanimados.
Este adjetivo “ser vivo” segue
restritos elementos para assim se configurar. São elementos sem os quais nossa
razão jamais considerará como parte da existência, tão-somente, criações da
natureza funcionais, mas sem qualquer disposição posterior.
Tudo que satisfaça esse adjetivo
consideramos dotado de existência, passível de alguma “espiritualidade” capaz
de ser legitimado a participar ao que denominamos “eternidade”.
No reino vegetal consideramos
vivo tão-somente a forma que passa por estágios de semente, germinação, crescimento,
disseminação e morte. Consideramos elementos como capacidade de se alimentar e
se reproduzir. Este tipo de forma, geralmente macroscópica, é considerada uma
criatura com existência, ainda que uma existência limitada.
No reino animal consideramos o
nascimento, crescimento, reprodução, envelhecimento, além disso, levamos em
consideração a capacidade cognitiva, dividindo as várias formas entre superiores
e inferiores.
No reino mineral nada é
considerado vivo, pois as coisas desta classe não reúnem os elementos
necessários, ou seja, nascimento, crescimento, envelhecimento, tampouco,
reprodução, alimentante e cognição. Tal forma de acordo com a razão humana não
é considerada dotada de existência.
Mas...
O que é Eterno?
Se Eterno é o Homem por que não a
rocha?
Se a pedra é anterior ao homem.
Se Eterno é a Alma Humana por que
não o Mar?
Se do mar originou-se a vida.
Se Eterno somos Nós por que não
os Animais?
Se somos todos de origem comum.
Se Eterno é uma espécie
específica quem dirá de todo o resto?
Se o Universo conhecido é infinito
e o universo desconhecido maior ainda.