ARGUMENTO SOBRE A INEXISTÊNCIA DA MORTE

ARGUMENTO SOBRE A INEXISTÊNCIA DA MORTE E EXPLICAÇÃO CONCEITUAL DA ETERNIDADE
PARTE I

A morte – conforme a razão humana, baseada no entendimento geral empírico – é a percepção da desintegração da forma, da noção de unicidade do indivíduo que deixa de ser inteiro ou único.
Morte é a dedução possível da vida considerada como una, da mesma forma que grande parte da humanidade considera Deus único. Quero dizer que temos o conceito da morte porque “a priori” existe o conceito da vida. E a vida apesar de um conjunto de muitos órgãos é considerada um único ser, que observada sobre nosso ponto de vista parece ser o alcance final de um ente. Portanto, excluímos a concepção das partes para considerar como sublime o conjunto de todas elas para formar um ente imbuído de significado. Apenas partes não representam um ser. O ser tem que ser completo, ainda que imperfeito, cuja perfeição (ou imperfeição), também exige uma forma determinada.
Ao nascer uma criança sem cérebro (anecéfalo) não é considerada um individuo, pois não está “completo”. Suas partes não são suficientes para considerar um ser humano, mesmo porque o ser humano deve sua existência ao fato de pensar. Mas o pensar só é possível pela constatação empírica e indispensável do conjunto. Jamais saberemos se partes pensam porque somos conjunto.
Portanto, deduzimos até o momento que coisas que tenham “vida” geralmente são um conjunto de outras coisas que se harmonizam para alcançar uma finalidade.
E os seres unicelulares?
Existem seres que não são formados por partes menores e mesmo assim são considerados com vida.
Bem, chegamos a outro aspecto da vida. Consideramos vivo tudo aquilo que nasce, cresce, se reproduz, envelhece e morre.
A vida esta associada a um processo com inicio, meio e fim. Neste processo há fases indispensáveis, são: nascimento, reprodução (multiplicação) e morte. Dentre as outras fases estas são essenciais como forma de considerar algo “vivo”.
Desta maneira, seres unicelulares são passíveis de “vida”, pois preenche os requisitos necessários.
Além destes requisitos essenciais, “coisas vivas” geralmente reúnem outras condições observáveis, são elas: alimentação, interação com meio exterior, interação com indivíduos da mesma espécie, alguns casos locomoção e trocas gasosas ou de fluídos com meio exterior
A vida pode ser classificada em: inferior, intermediária ou complexa.
Dizemos inferior quando o conjunto das partes é formado por uma quantidade muito pequena, ou seja, um organismo formado por pouquíssimos órgãos, apesar de desempenharem as funções necessárias para cumprirem o processo acima citado.
De qualquer maneira são “organismos simples”, conjunto menor de partes ou apenas uma única parte (unicelular) que, ainda assim, pode interferir no mundo exterior de maneira contundente. Um vírus é capaz de dizimar uma sociedade de milhares de indivíduos complexos.
Geralmente se observa que organismos inferiores tem o quesito “reprodução” extremamente avançado e eficiente, pois reproduzem (ou se multiplicam) aos milhares.
Seres intermediários são aqueles que possuem um número maior de órgãos que guardam entre si uma interdependência mais avançada. Deste conjunto se materializa um ser com funções complexas e maior sociabilização entre seus pares.
Seres complexos ou superiores é o conjunto de muitos órgãos interdependentes que se harmonizam em um processo complexo para atingir uma finalidade.
Tais seres possuem uma contundência bastante marcante no mundo exterior, pois afetam o mundo de maneira ordenada e efetiva. É grande o grau de sociabilização. Mas, apesar de tudo, são vulneráveis as outras formas de vida menos complexas.
Quanto à potência
Todas as formas de vida: inferiores, intermediárias ou superiores tem a mesma potência, isto é, são capazes de interferir com a mesma força nas categorias abaixo ou acima. Quanto ao grau de interferência são todas as categorias niveladas.
Em outras palavras, todas as classes de “vida” tem força igual, são capazes de se autodestruir, destruir seus pares ou destruir outros da categoria diferente. Todos com mesma força ou força recíproca.
Isto é minha análise sobre a vida, que tem fundamental importância para explicar a morte e eternidade, assuntos que virão na seqüência, em momento oportuno.