CRÍVEL

Há alguma coisa crível,
Incrivelmente comum a todos,
Seres fundamentalmente únicos,
Mas, essencialmente iguais,
Preponderante diferença, na igualdade subliminar,
Uma espécie diferente.

Há alguma coisa crível,
Incompreensível do ponto de vista humano,
Algo que não cabe na unicidade,
Do Deus infinito,
Na nossa finitude solitária.

Há alguma coisa crível,
Imprevisivelmente  norteadora,
Que dá nosso caminho,
Que segue cego em passos certos,
Que dá nó,
Nos caminhos em nós.

Há alguma coisa crível,
Invisível atuando,
Em ações, nosso pensamento,
Que de abstrato não passa de programado,
Na tecnologia perene, intrínseca,
Que afama, abomina e domina.

Há alguma coisa crível,
Na mente, finalmente,
O espaço, o tempo,
O Universo, meu ser,
Que?!

Há alguma coisa crível.
Que eu nem sei quem,
Ou o quê!