O ser humano é um animal perverso. Levado pela inescapável natureza ou, em outras palavras, pela competição evolucionista onde sobrevivem os mais aptos, ele pratica atos de mesquinhez, futricas, vilipêndio, intrigas, discórdia, peleja e toda sorte de disparo energético que perfura o espírito da vítima. Somos todos francos atiradores prontos a rechaçar ataques e ferir mortalmente o inimigo.

As pessoas
sempre que estão envolvidas ou inseridas num ambiente em que se deve mostrar a
aptidão e capacidade como meio de assegurar posição de existência no
ecossistema vão dispor de todos meios legais e ilegais, morais e imorais,
éticos e antiéticos para preservar sua exata posição no campo de batalha.
Muitas
vezes, dentro do próprio exército há dissidentes revoltosos. Então a batalha
que deveria ser externa, de uma área geográfica maior, passa a ser interna,
dentro das próprias fronteiras. E, se não for tomada uma atitude drástica e em
tempo para cessar o motim todo o grupo estará ameaçado, pois, certamente, se
fragmentará, e cacos não sobrevivem. A isto se deve maior atenção, já que
representa o maior perigo para sobrevivência.
Em suma,
vivemos numa selva onde devemos caçar para sobreviver, e cada qual quer
acumular maior quantidade de caça que passa a ser representada pelo salário.
Portanto, a caça alheia é sempre cobiçada e os métodos utilizados por aqueles
que a detêm sempre estarão sob julgamento pernicioso como forma “dos outros”
valorizarem seus próprios métodos.
Pequenos
grupos que se formam e tentam proteger-se mutuamente são maneiras eficazes de suportar
as constantes batalhas nesta selva de pedra.
A família,
que não representa um grupo aleatório e sim um grupo natural é o meio mais
seguro de sobrevivência. Geralmente se pode atribuir alto grau de
confiabilidade, além de servir como renovador das forças e esperanças para uma
nova batalha.
Isto tudo é
nosso instinto selvagem agindo além da razão e tentando se firmar num mundo
inóspito e cruel.
Por outro
lado, felizmente, temos a razão e cognição para encarar o mundo com sentimentos
bons e juízos morais que impedem ações irracionais e violentas.
Mas, ainda
assim não deixamos de sermos animais soturnos. Alguns mais que outros.
E isto, em
minha opinião, é a causa de muitas doenças que afligem a raça humana, bem como,
sofrimentos físicos e psicológicos e também a violência.
Infelizmente
não somos seres pacíficos.