MINHA ÓTICA SOBRE A ECONOMIA

Durante anos, no Brasil, vivemos um enorme racho social, um Grande Canon que separava ricos dos pobres. Não significa que esta situação acabou, mas houve algumas modificações substanciais.

Preponderantemente a medida da riqueza e pobreza per capita se mede pela quantidade de bens de consumo que uma família possui. Coisas como quantidade de televisores, geladeira, freezers, automóveis, computadores e toda gama de eletrodomésticos e eletrônicos. Também, pelo que consome de produtos alimentícios considerados não essenciais. Também viagens, lazer e hobbies.

Em resumo uma família será considerada de melhor poder aquisitivo e estratificada em classes (A, B, C, D ou E) conforme sua condição em adquirir e consumir bens duráveis e não duráveis.

 Se não é a forma mais apropriada de avaliação, certamente causa um bem estar nas pessoas a ponto de considerarem a situação econômica favorável ou desfavorável, dependendo da quantidade disponível.

     Já a riqueza de um país é valorada por variáveis complexas que se resumem no PIB (Produto Interno Bruto), em outras palavras, no calor da macroeconomia, isto é, quanto os setores primários, secundários e terciários produzem. Leva-se em conta o comportamento do agronegócio, produção da pecuária e agricultura, modernamente chamadas de commodities. Considera-se o comportamento das indústrias e, finalmente, o comércio de produtos e serviços.

Percebemos hoje que a população brasileira tem consumido um bocado, causa disto impulsionado pelo próprio Estado, que através da política governamental incentivou o consumo como idéia de que favoreceria a produção através de uma maior demanda. Uma idéia falaciosa.

Há aproximadamente trinta anos existia, no Brasil, um numero de montadoras de automóveis que se dava para contar nos dedos. Tínhamos a Volkswagen, Ford, Fiat e Chevrolet. Hoje, além destas temos outras tantas que não cabem nos dedos das mãos.

Houve, sem duvida, um avanço fantástico em qualidade na medida em que se permitiu uma maior concorrência através da abertura do mercado para marcas internacionais. Atualmente, neste mundo globalizado é praticamente impossível um país viver sem a tecnologia e produtos transnacionais.

Transformamo-nos em uma sociedade ávida por novidades e obcecada em consumir. Mas, falta-nos estrutura psicológica, técnica e política.

Temos poucos empreendedores ou falta de talento para que um deles crie algo inovador capaz de dominar o mercado. Esta falta de criatividade esta associada, de um lado pela ausência de iniciativa em pesquisa cientifica nas universidades, de outro lado, por um Estado arcaico, burocrático, centralizador, corrupto e mercenário, que desestimula através das altíssimas cargas tributárias impostas aos empreendedores.

A falta de pesquisa cientifica, o aumento de tributos e a falta de credibilidade no governo são ingredientes básicos para um baixo crescimento econômico.

O Brasil vive a síndrome do “Rei na barriga”, na qual se acha um país de primeiro mundo pela variedade de bens que as famílias consomem, à custa de um endividamento sem fim.


Atualmente diminuiu a quantidade de pobres e aumentou a quantidade de endividados. Não há mais ricos e sim credores.