A FOFOCA COMO MEIO DE CONTROLE INTERNO E EXTERNO PARTE IV

Nestes últimos dias ocupei-me com arrumações, reorganizações e montagens, tudo em virtude da minha mudança de residência. Não bastasse isto, também tive que alterar o endereço da Net, motivo pelo qual fiquei alguns longos dias sem comunicação com o mundo, nem mesmo sinal de televisão. Mas, agora tudo se normalizou e posso voltar as minhas digressões filosóficas.

Continuando “A FOFOCA” me reportarei quanto ao Gênero.

Creio que se divide em três gêneros:

1)      Boato.

Penso que o boato engloba à fofoca inventada e meia-verdade. Tem como principal característica causar alarde ou bazófia. Tenta-se, através dele, espalhar falsas informações ou informações deturpadas que atingem a moral de alguém o criam irrealidades.

Em minha opinião o boato, por sua própria natureza, sempre será inverossímil, mas tem o poder de causar furor e manifestações coletivas, ainda que de pouca duração, pois um boato sempre terá prazo de validade, terminando cedo ou tarde por descobrir-se sua falsidade.

2)      Notícia.

Creio que a notícia é marcada pela fofoca verdadeira. Dentro do grupo se espalham fatos, acontecimentos, atitudes relativas a uma pessoa ou pessoas, cuja propagação causa indignação, espanto ou exaltação. Sempre causará discussões sociais sobre o certo ou errado.

Geralmente o alvo da notícia não autoriza, tampouco, se felicita com sua disseminação, porém, como é algo inevitável apenas suportará as conseqüências advindas.

A notícia tem como objetivo se alicerçar em informações reais e autenticas para que possa ser aceita com credibilidade.

Tem um papel importante na sociedade, porque é a única fofoca que tem poder de impor um controle social dentro da convivência coletiva a partir de discussões que geram conseqüências saudáveis.

3)      Revelação.

Aquela originária da fofoca invasiva. Acredito que são assuntos relativos a vida íntima da pessoa espalhados negligentemente, sem qualquer cuidado ou apreço a privacidade da vítima.

Toda pessoa tem o direito a sua privacidade, as coisas de foro íntimo que deveriam permanecer sob os cuidados restritos da pessoa que lhe tem a propriedade, porém muitas vezes, sofrem devassa invasiva de tal monta que são reveladas displicentemente para todo o mundo, de maneira que não agrega nenhuma sabedoria à coletividade, apenas o vilipêndio público da coisa privada.

Talvez, por isto, atualmente a celeuma que se criou sobre as biografias, pois aquilo que alguns denominam como liberdade de expressão eu denomino como intromissão pela revelação.


Por aqui termino minha explanação, com continuidade em tempo oportuno.