POLYTICA FASE III

Campanha Eleitoral é a terceira fase do processo. Inicia-se com a permissão legal e oficial das propagandas eleitorais.

Nesta fase toda sorte de promessas, impossibilidades, projetos, possibilidades, soluções, exacerbações são produzidas.

Entram em cena, neste momento, quatro tipos de grupos, que segundo minha petulância cognitiva criei e classifiquei, inclusive com subclassificações.

Criei as seguintes espécies: ENGAJADOS, NÃO-ENGAJADOS, TRABALHADORES e ELEITORES.

ENGAJADOS são todos aqueles que são filiados a um partido político ou servidores públicos, principalmente comissionados, que tem obrigação de trabalhar na eleição a favor de determinado candidato.

Considero os ENGAJADOS divididos em duas subespécies: os engajado-soldados e os engajado-comandantes.

Engajado-comandantes são pessoas que tem um alto grau de conceito junto ao próprio candidato ou a sua cúpula consultiva.

Pessoas com vasta experiência no esquema eleitoral, com idéias nada inovadoras, mas ímpeto, vontade e iniciativa de coordenar a velha estrutura vencedora de campanha.

São aqueles que tem poder de influencia com diversos ramos da sociedade. Além disso, sabem negociar, barganhar benéficos políticos, estratégicos ou financeiros.

São os que lideram a massa de soldados.

Engajado-soldados são os filiados a algum partido político; servidores públicos; comissionados; lideres religiosos; líderes comunitários; cidadãos de muitos parentes ou amigos; comerciantes, enfim, toda gama de pessoas atreladas direta ou indiretamente com a política pública com capacidade de arregimentar uma quantidade expressiva de votos, ou, tão-somente, trabalhar com objetivo de conseguir votos.

Esta espécie de gente trabalha incessantemente durante a campanha eleitoral com expectativa de benefícios quando e se seu apoiado vencer.

A dedicação, empenho e esforço com que eles ajudam a ganhar votos determinam a quantidade de beneficio que, em contrapartida, lhe serão agraciados.

Estes soldados dispendem esforço físico, intelectual e temporal para reunir votos em favor do seu candidato, com a expectativa de colher bons frutos.

NÃO-ENGAJADOS são as pessoas que integram a administração pública direta ou indireta com cargo ou função independente do poder político, isto é, empossados por concurso público ou notória capacidade técnica, porém, devem respeito e subordinação a um agente exclusivamente político, de maneira que, apesar de livres para uma escolha democrática se sentem obrigados e pressionados a manifestar apoio ao candidato da situação.

Estes não trabalham politicamente para nenhum candidato, são, geralmente, apartidários, mas possuem uma vontade política viciada.

TRABALHADORES são os que, nesta época, encontram uma oportunidade de trabalho temporário executando serviços físicos, manuais, gerenciais em favor de um candidato específico e sendo devidamente remunerado. Não há qualquer vinculação anterior ou posterior com o candidato.

  ELEITORES são todos aqueles que não vivem a política no seu cotidiano, mas, na época da eleição, voltam suas preocupações e considerações a este veio.

Dentre os eleitores divido em: eleitores oportunistas e eleitores idealistas.

Eleitores-oportunistas são aqueles que aproveitam a época das eleições para conseguir benefícios pessoais, ainda que pequenos e fugazes. Vendem seu voto por dinheiro ou alguma utilidade fungível. Não possuem ética ou moral.

Eleitores idealistas são aqueles que raciocinam sobre o ato de votar. Tendem analisar o candidato e decidir embasados nas próprias considerações ou considerações da maioria.  A este tipo ainda tenho uma subclassificação, são elas: eleitores idealistas informados e eleitores idealistas desinformados.

Os eleitores idealistas informados são aqueles que acompanham a política mesmo antes das eleições. Conhecem as atribuições de cada cargo eletivo. Não se enganam com promessas impossíveis. São pessoas cultas e politizadas. Preocupadas com a ética e moral avaliam os candidatos através de um estudo aprofundado.

Os eleitores idealistas desinformados são aqueles que não acompanham a política. Não conhecem a competência de cada cargo eletivo. São movidos por estatísticas, pesquisas ou qualquer outro fator comovente capaz de influenciar na sua decisão, apesar de realmente acreditar estar exercendo a cidadania a favor do País.


Por aqui fica a terceira fase, continuarei meu discurso, logo adiante.