ATOS DE
ELEIÇÃO – a última fase do sistema democrático no Brasil.
Após
concluir-se a reforma ou reestruturação administrativa, o Chefe eleito e
empossado passa a executar algumas promessas de campanha, àquelas possíveis
porque as impossíveis, que representam ao menos metade do que foi prometido,
jamais se cumprirá.
Nesta fase o
Chefe eleito se depara com uma realidade muito diferente daquela desenhada
antes da posse. Mesmo que seja um político experiente um novo mandato é sempre
uma surpresa, pois são novos tempos atrelados a um sistema financeiro próprio;
novas alianças, novas pessoas, novos interesses; novas legislações e exigências
dos órgãos fiscalizadores e reguladores; novos problemas para solucionar. Tudo
isto faz com que o político eleito, ainda que tarimbado, seja surpreendido por situações
inéditas.
Inicialmente
o Chefe eleito do Poder elabora projetos para resolver os problemas cruciais da
sociedade, intencionando aumentar seu prestígio e popularidade. Porém, para
executar tais projetos precisa da participação de muitos outros setores e
empresas que visam, neste momento, uma oportunidade de ganhar muito dinheiro
explorando os recursos públicos.
Como não há escapatória ele firma contratos
e compõe licitações através das condições nem sempre totalmente favoráveis ao
interesse público, mas que alcançará a finalidade pretendida ainda que com
alguma vantagem para o Contratado.
Assim,
executa alguns projetos favoráveis à população e ao desenvolvimento, com a
clara noção das vantagens conquistadas pelo executor.
O importante
é a população beneficiar-se dos projetos para assegurar popularidade e garantir
a manutenção no Poder por meio de futuras eleições.
Nesta fase,
antigos parceiros são substituídos por novos diante da nova realidade e
necessidade. Alguns parceiros são imutáveis mesmo com alternância de Partidos
no Poder.
São formadas
novas alianças para compor ideologias diferentes de maneira a impor a dinâmica na
Política e reorganizar antigos temas e assuntos.
E, assim
caminha, até a próxima eleição.