Na selva.
A natureza é perfeita,
Seu intricado sistema,
Mantêm tudo coeso,
Harmônico duelo,
Da mais pura convivência.
Em concreto armado. Concitado.
A natureza destrói os fracos,
Não há espaço para sutilezas,
Sobrevive o mais apto,
Aquele que rosna, morde, escamoteia.
A cidade mata obscura selvagem,
É penhor de muitos lamentos,
Mas, indiscutivelmente esplendor,
De tantos contentamentos,
Que ávido e entorpecido,
Seu fel e mel sorvemos.
A natureza é prudente,
Solícita em ceifar doentes,
Perdulária em nulificar,
A ação temerária,
Dos covardes.
No beco do caminho cerrado.
Aquele que arroja o
peito,
Se crava em dentes e garras,
Saboreia a carniça,
Como o Manjar dos Deuses.
Entre estes corre a praga,
Que alveja o ninho moribundo,
Das maritacas.
Em dias tais,
De selvagem carnificina,
Preocupam-se os patriarcas,
E se redime em introspecção,
Orando em silencio,
A mãe já cansada.