Faz dias que não escrevo neste blog,
não porque não tenha o que falar, mas muito mais porque não tenho motivação em
falar neste espaço.
Falamos e dizemos constantemente em
nossa vida diária, sobre coisas necessárias e desnecessárias que integram nosso
percurso cotidiano. Coisas consideradas essenciais em nossa disposição de vida.
Aquela expressão cabível, sem menos nem mais, exatamente no limite possível do
nosso pensamento e interação com o outro ou com as coisas. Nossas obrigações em
conviver e trocar palavras. Nossa vivencia sem obrigação, pelo simples fato de
existir, e ter que expressar-se com o próximo.
Algo inevitável. Pela própria
convivência com tudo e entre nós.
Mas também, para permanecer tudo
coeso através da rotina pura e simples que mantêm tudo caminhando como deve
naturalmente caminhar, cujo essencial dialogo faz-se naturalmente necessário para
manter a vida objetiva e subjetiva do cotidiano e do ser.
Quero dizer que a comunicação com
pares e impares humanos é exatamente a preservação da espécie infinitamente.
Como infinitamente é a comunicação direta ou indireta com todas as outras
formas de vida, cuja comunicação ocorre necessariamente para preservar todo
sistema.
Nosso entendimento de existência
repousa na comunicação. Sim, pois, o que não existe certamente não se comunica
com nada e comunicação com nada é não-existência.
Então, a certeza de ser eu um SER
EXISTENTE está na capacidade que tenho de perceber que me comunico com algo
(humano, animal, vegetal ou não real).
Percebemo-nos como existentes porque
interagimos com todas as outras coisas
que percebem-se existentes e teimam em existir e interagir conosco.
Existir é perceber o que existe.
Logo, existimos de acordo com o que
percebemos sobre o mundo.