O PULSO AINDA PULSA VI

Nesta vibe que nos encontramos,
São freqüentes as diferentes freqüências,
Cada qual ressoando em exclusiva onda,
Eletromagneticamente em ressonância com toda teia,
Velho, antigo, feio e novo emaranhado,
De prédios, carros, ruas, gente, animais,
E tudo,
Tudo o mais.

Surfando todos nos,
Vamos surfar,
Pelas ondas desta vibe,
Que jorra sem parar.

FAZ-SE SENTIDO.

Aquela música aquele som,
Uma palavra amiga, um afeto,
Uma estaca encravada no caminho,
Ou no coração,
São tantas vibe,
Que reunidas reverberamos,
Em uníssono planeta gritado Terra.

FEZ-SE SENTIDO.

Dançam todas as cores,
Pungente alegria explodindo dentro,
Bem lá no íntimo das coisas incolores,
Que se defenestra os coloridos lírios,
Pela janela vista da vida,
Onde se medita na vibe.

FAZ-SE O SENTIDO.

Não me sinto só,
Apesar de outrora sentir-me,
Somente eu,
De repente somos nós,
Inclusivamente sem saída,
Que ainda só, somos todos,
Unidos pelo vazio,
Da sociedade em grupo.

FAZ-SE SENTIDO.

De agora vociferar por alegria,
Nem tô aí,
Quero que se dane,
Vou apenas surfar,
Extasiar-me na onda,
Na minha, da nossa
Vibe.

FAZ-SE O SENTIDO.

Em freqüências contumazes,
Da ordem dos negativos ou números pares,
Dos números complexos, raízes negativas e zeros absolutos,
Fazemos geometria aritmeticamente inexata,
Entre os cálculos do um mais um igual a zero,  
Somos espermatozóides ainda,
Em busca do útero perfeito,

DEUS O SENTIDO.

Que fica para outra estória que não vou contar.