Nestes primeiros dias de férias preocupei-me
em criar uma lista de atividades que pretendo cumprir até o final dos trinta
dias de descanso. É importante mantermos uma rotina aparentemente previsível.
Considero sadio nos ocuparmos, ao menos uma parte do dia, com responsabilidades
que produzam alguma coisa concreta digna de se avaliar como “dever cumprido”,
algo palpável que nossa consciência se apropria para dar sentido e volume à
idéia de existência útil e necessária.
Entre as atividades concretas e burocráticas,
mas de valor incalculável, também reservei tempo para momentos de “fazer nada”
e dedicar-me ao hobby da leitura e escrita. Pretendo ler uns três livros e
escrever algumas postagens.
Comprei para ler “Os Irmãos karamosav” –
Fiódor Dostoiéviski; “A Dança do Universo” e “Conversa sobre a fé e a ciência”
– ambos de Marcelo Gleiser. Literatura de excelente qualidade, mas não sei se
darei conta em um mês.
Quanto às postagens, estive pensando sobre o
Sol. Há um estudo de algumas décadas sobre a atividade solar e as conseqüências
na vida na Terra, principalmente no ser humano.
Cientistas como o Dr. Robert Becker e seu
amigo Freedman através de estudos minuciosos traçaram uma surpreendente relação
entre os ápices das atividades solares com o comportamento humano na história
do Mundo.
Esses cientistas compararam as tempestades geomagnéticas
ocorridas desde 1910 até hoje com os acontecimentos históricos de grande
relevância na Terra e observaram que coincidiam perfeitamente.
Tempestades geomagnéticas é o nome que se dá a
um distúrbio que ocorre quando há erupções solares com ejeções maciças de massa
da coroa solar e um grande fluxo de radiação emitida pelo Sol que atinge a
atmosfera da Terra e seu campo magnético. Quando fortes rajadas de vento solar
alcançam a Terra, as ondas de radiação se chocam com a magnetosfera, alterando
a intensidade e a direção do campo magnético terrestre.
Estas tempestades ocorrem pela natural
atividade solar e de tempos em tempos esta atividade se intensifica com
bastante preponderância.
Nos estudos dos cientistas os ápices das
atividades solares coincidiram exatamente com importantes acontecimentos
históricos na Terra, como por exemplo, guerras mundiais e importantes mudanças
geopolíticas.
Tentam provar que as ondas do Sol e, por extensão,
do universo interferem no comportamento humano. Em outras palavras, defendem
que sofremos interferência da energia cósmica em nossos comportamentos
cotidianos.
A tal ponto que descreveram os efeitos
colaterais desta interferência:
- sistema nervoso central;
- atividade do cérebro;
- enjôos;
- problemas de memória a curto prazo e
palpitação no coração;
- pressão prolongada e dores na cabeça;
- nevorsismo;
- ansiedade;
- preocupação;
- tremores;
- irritabilidade;
- intranqüilidade;
- esgotamento;
- instabilidade.
Veja que atribuem parte dos problemas
comportamentais humanos a influencia das energias solares ou cósmicas.
De acordo com minha orientação de pensamento e
fé não descarto esta possibilidade, mas acho este argumento muito pouco, ingênuo
e primário diante da absurda complexidade do sistema denominado existência.
Continuo com minhas dúvidas. E assim prefiro.