Que exaltam os poetas a solidão
Em introspecção singular
Da condição interna e única
Grita todo o mundo
Para milhares de rostos sem face
Verte
A púrpura cor do próprio sangue
Que reluta em ser doador.
Que ensinam os gurus
Adentrarem-se sozinhos
Num vazio revelador
De ser só.
Verte
Que seus cheios templos invocam
O coletivo e numeroso entendimento
Com todos ao redor
Encontrar-se absolutamente só.
E só em si abastar-se
Em todas as linguagens
Porque em nossa contida tina
Se derrama como se não se compusesse
Nem tina, nem derrama
Não há que se dizer derramar
Quando no mar
Completo Oceano
Derrama-se por toda parte.
Vertemos sozinhos em plena multidão.