DEPOIS DA ZERO HORA




A noite segue tranquila,
Aparentemente normal,
Os prédios estruturas sólidas,
Observam impávidos a lisura inóspita,
Da noite que paira enigmática no espaço.

Vento marginal que vagarosamente se movimenta,
Ora se reúne em redemoinho,
Assediando o bando,
Em rodopios leva o que se encontra pelo caminho.

O silencio é sinfonia,
Em ritmo intermitente um automóvel como solista,
Rompendo abruptamente nos metais surge a moto,
Cindindo a calmaria para novo ato do concerto.

As luzes se estendem,
Ao longo da via parecem conspirar,
Organizadas em fileiras duplas,
Formam corredor ao transeunte insólito,
Que solitário urge,
Uma revolução particular.


De quando em vez um olho se fecha,
Abaixa se tranca janela,
Publica em alto e bom som o descanso do guerreiro,
Assovia os mensageiros do vento,
A notícia do fim do tempo,

E o recomeço de um novo dia.