Outrora infinitamente mutante por vir. Certo tudo garante nada.


MACKE, AUGUST


Transformar-se infinitamente, porque a vida não tem freios, é incalculável, incriada. O velho é contemporâneo. O novo é versão possível do que foi. Propriedades de uma mesma coisa. Qualquer coisa abandonada ao léu segue seu percurso natural. O que foi é agora inseparável desdobramento daquilo que existe sem rupturas, apenas continuidade infinita. Vamos pensar em uma porta jogada deliberadamente no terreno baldio. Ação climática constante somada aos dias que se passam com a proliferação de comunidades de indivíduos sistêmicos causarão, inevitavelmente, a degradação sucessiva da matéria. A desintegração. A transformação da porta. Aquela porta que observamos adquirirá configuração material completamente diferente daquilo que observávamos pelo novo empirismo visivelmente comum. Transmudará em molécula, ente, não observável, apenas pó e adubo, de atuação inquestionável. Continuará ente com outra forma.

Tentarei ser mais claro nesta concepção.

As coisas mudam constantemente de forma, mas não de essência. A coisa permanece em quantidade, qualidade, retilínea dentro da existência e de uma observação existente. Compreensão do indivíduo esclarecido como ser vivente, que se considera absolutamente pensante sem se dar conta que não pensa todas as outras coisas que existem do não pensar imprudentemente conhecido.

Somos solução, somos regra. Mesmos aqueles que consideram ultrapassar as regras e os que, de fato, arrebatam as regras, são punição. Retornam aos limites pensados possíveis daquilo que é questão consensual. É regra combinada na paridade daquele que convive em sociedade. Na compreensão absoluta da razão. Que se limita na configuração humana.

O conjunto tem suas regras intransponíveis com a paridade daquilo chamado sociedade. O conhecimento se restringe ao grupo, á gigantesca manada humana que demarca território da sua presença.

Animais de grandes territórios delimitados.


Apesar de tudo a Seleção Natural é Lei absoluta. Tudo que falei acima é dispensável e incompreensível. Vale mesmo o que agora digo:



Se vivo penso, se penso me entendo vivo, e vivendo cada vez entendo que morrerei sem saber porque vivo, assim resisto estar vivo mesmo sem saber.