KLEE, PAUL
O quê a poesia?!
Senão artifício de parecer
intelectual.
Compondo palavras obvias,
De uma ignorância presente,
Em formas difíceis,
Para expressar o trivial.
Modifica-se silenciosamente,
A cada estrofe,
Que grita em palavras mudas.
Reverbera dentro,
No cubículo, pequeno,
Ás vezes ganha grandes espaços,
E é suficiente.
Sempre suficiente,
O que agora digo,
Porque jamais direi novamente isso.
Faça sentido agora,
Enquanto há tempo,
Porque depois, nem tempo,
Nem sentido perdurará,
Existir.