O Brasil está repleto de
incongruências que nos pasmam e nos chocam. São tantas as maledicências
estampadas nas manchetes que cria uma atmosfera negra a qual nos horroriza e
amedronta diariamente. Às vezes penso comigo: será que o Brasil tem solução?
E o mundo então?!
É tanta desgraceira que parece estar
a humanidade caminhado para o fim, o caos, o juízo final vaticinado pelos
antigos profetas.
Entretanto, cá com meus botões, na
sobriedade do meu espírito reluto e impugno a idéia escatológica, pois acredito
na divindade da alma humana. Creio com toda consistência cravada na carne
abstrata do meu entendimento que o HOMEM segue a escalada pra cima, o progresso
inevitável da ascendência crítica do abastecimento criativo do espírito
inacabado.
Acredito no homem, igual acredito na
maturidade da Oliveira de Luras, igual acredito na absoluta persistência do
estado tukdam, como acredito na remissão do santo sudário, igual meus gatos que
interagem em conversas complexas. Acredito no Homem como pontes entre o visível
e o invisível. O ponderável e o imponderável.
Acontece que temos a perversa mania
de tampar o sol com a peneira. É de uma dificuldade enorme formatarmos a
realidade com nossos códigos legais e morais.
Há um racho, na verdade um Canon, entre
o que o ser humano faz, daquilo que impõe como forma de agir. Quero dizer que
somos hipócritas ao extremo. Nossas atitudes jamais se enquadram na expectativa
das nossas atitudes. Temos Leis e todo o caralho a quatro de normas morais,
entretanto, a realidade é bem diferente.
Não venha você hipocritazinha, crente
da fé que lhe legitima, querer impor discursos do certo e errado, quando na sua
vidinha medíocre age falsamente com os outros e, o pior, com você mesmo. Um
falso de si.
Na primeira oportunidade difama seu
colega de trabalho, na primeira ruptura joga na cara do outro, em momento
inoportuno dispara farpas, corrompe, suborna, articula em proveito próprio,
mete a mão e a cabeça sem pudor, fere com ardor para ser o melhor.
E ao final consegue aquilo que os
outros não conseguiram: poder, vantagem, dinheiro, orgulho.
Orgulho de ser entre tantos o mais
esperto, de destacar-se – na passarela do apogeu – caricaturas que nem são
suas, então, orgulham-se de ter dominado.
Assim o Brasil está contaminado. Em
cada fresta, canto, orifício tem um brasileiro se achando mais esperto que o
outro, tentando destacar-se mais que qualquer outro. Ouro dos tolos.
O maior problema não é este, mas o
fato de entendermos a Lei de uma forma e a realidade de outra.
Exatamente neste ponto pretendo discorrer
minha tese. Tentarei, por todos os meios persuasivos possíveis, convencer
vossas sabedorias de que estou falando o melhor.
Defenderei a legalização das drogas
como única saída possível para o fim da aviltante escalada da violência no
Brasil.
Nas próximas postagens farei uma
análise contundente sobre este assunto. Desde já coloco meu posicionamento:
LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS.
Parece demais, mas não é. Vou dar as
bases e argumentos próprios para adequarmos a realidade com a Lei e pararmos de
sermos hipócritas, aliás, o que foi reiteradamente condenado por Jesus: a
hipocrisia.