![]() |
RUBENS, PETER PAUL |
Carnaval,
Festa da alegria, da diversão,
Essencialmente festa dos solteiros,
pura pegação,
Festa da carne, do prazer,
Quiçá enamorados,
No mais apaixonado sem qualquer
obrigação,
Festa do Baco,
Do sentimento desapegado,
tão-somente, fiel à liberdade da emoção,
Esta tão sem razão que ama
indiscriminadamente,
Ondas de paixão que vem e vão,
Contagiante Carnaval,
Aquece o coração acelerado que só
quer pulsar sem pensar,
Desembarca no grito do desejo à
beleza que morfologicamente compõe os corpos desnudos ou semi-desnudos exalando
o cheiro do prazer através do paladar da coisa gostosa que urge em devorar em
boa fagia do espírito libertino.
Que somos também isso. Reprodução
desenfreada pelo sexo.
Tão bom este tal de sexo que somos
todos especialistas,
Somos todos professores naquilo que
mais gostamos e sabemos,
Ainda que ninguém nos ensinou
aprendemos,
Porque é dele e por ele que digo isso
agora.
E os casados?! Com filhos, família.
Apenas mais um dia.
Mas nem por isso deixam o carnaval
acabar,
Porque desejo por desejo,
Sempre será desejo,
Perpetuará.