OLIVER DE SAGAZAN
Chama-se a
Dor, e quando passa, enluta
E todo mundo
que por ela passa
Há de beber
a taça da cicuta
E há de
beber até o fim da taça!
Há de beber,
enxuto o olhar, enxuta
A face, e o
travo há de sentir, e a ameaça
Amarga dessa
desgraçada fruta
Que é a
fruta amargosa da Desgraça!
E quando o
mundo todo paralisa
E quando a
multidão toda agoniza,
Ela, inda
altiva, ela, inda o olhar sereno
De
agonizante multidão rodeada,
Derrama em
cada boca envenenada
Mais uma
gota do fatal veneno!