ALYSSA MONKS
A Vida.
Quando alcançamos o ponto onde nada
mais nos surpreende,
Em qual temos conhecimento da sólida felicidade,
Sem nos perder em sedutoras alegrias,
Sabendo diferenciar verdades das
mentiras,
Acreditamos ser este o ponto da
maturidade.
A vida.
Quando se mostra sem disfarces,
Entendendo os significados nas entrelinhas,
Passamos a conhecer as coisas com
facilidade,
É onde se separa os homens das
criancinhas.
A vida.
Sentida extremamente tórrida,
Muitas outras vezes insólita,
Quase sempre divertida,
Outras quase sem graça,
Este é o dia de sentir a idade
crescida.
Quando este ponto se alcança,
Argumentamos o peso dos anos vividos
Nos vangloriando de tudo que já foi
visto.
MAS NÃO.
De repente,
A vida nos surpreende
escandalosamente,
Põe em dúvida a felicidade,
Nos confunde sobre verdades e
mentiras,
Nos tira a graça em desfaçatez da sua
alegria,
Nos desmerece de qualquer idade,
Nos transforma em criancinhas,
Dizendo a nós, em sarcasmo:
SURPRESO!?
Pois é, inocente – Nada sabe.
Essa vida é a gente,
Onde não importa maturidade,
Oriente ou Ocidente,
Sempre um acidente,
Entre pessoas – de anos de relacionamento
– surpreende.
E, ficamos nós, abobalhados
inocentes.