MIGUEL RIO BRANCO
O quê é a vida senão: as lembranças
Deixadas pelo caminho que não tem mais volta
O quê senão: experiências acumuladas
Em terreno movediço onde a cada dia nasce uma estranha flor
O quê a vida senão: os paradigmas essenciais
Nossos mestres, ídolos, heróis que deixaram de existir
Quê senão: nossa firme convicção numa inédita opinião
Daquelas que fenecem quando termina a paixão
Quê: senão
Se não fosse essa ininterrupta roda das coisas que se sucedem
O registro aparente no cérebro
Ferrete marcando o espírito
Presente, passado misturado no saco
Dum futuro possível pelo amálgama