REGOYOS, DARIO DE Y VALDÉS
As curvas que eu sempre quis ir além
quando viajava, quando andava, era uma vontade tão vívida da essência, tão, tão
maior que a minha capacidade consciente de saber que além daquelas curvas,
outros relevos viriam. Tudo, tudo igual, as paisagens, as pessoas, o dia-a-dia
seriam iguais a tudo e a todos que já tinha visto, a tudo que já tinha ficado
para trás. Quem sabe essas curvas nas estradas, morros, água, ar, tão
apreciadas pelo meu SER MAIOR não são as várias curvas as quais temos que
ultrapassar e vencer na vida terrestre só que, passo a passo, olhando às vezes
para traz para ver o quanto da caminhada, olhando, às vezes, para frente para
ver se estamos longe. As curvas da nossa TERRA quem sabe não são a castração
física da nossa missão divina – VENCERMOS a nós mesmos. Ter consciência que
sempre virão outras curvas, subidas, descidas, retas... sem, continuarão sempre
a existir...somente nós mudamos a maneira de ver e sentir...sem ânsias, sem
medo, sem ilusões. Nós é que mudamos... conscientes, calmos até a reta final...
22.01.1997