AS CURVAS - Por Ana Ornellas

                                                                                          REGOYOS, DARIO DE Y VALDÉS




As curvas que eu sempre quis ir além quando viajava, quando andava, era uma vontade tão vívida da essência, tão, tão maior que a minha capacidade consciente de saber que além daquelas curvas, outros relevos viriam. Tudo, tudo igual, as paisagens, as pessoas, o dia-a-dia seriam iguais a tudo e a todos que já tinha visto, a tudo que já tinha ficado para trás. Quem sabe essas curvas nas estradas, morros, água, ar, tão apreciadas pelo meu SER MAIOR não são as várias curvas as quais temos que ultrapassar e vencer na vida terrestre só que, passo a passo, olhando às vezes para traz para ver o quanto da caminhada, olhando, às vezes, para frente para ver se estamos longe. As curvas da nossa TERRA quem sabe não são a castração física da nossa missão divina – VENCERMOS a nós mesmos. Ter consciência que sempre virão outras curvas, subidas, descidas, retas... sem, continuarão sempre a existir...somente nós mudamos a maneira de ver e sentir...sem ânsias, sem medo, sem ilusões. Nós é que mudamos... conscientes, calmos até a reta final...


22.01.1997