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MARCELO GRECO |
A janela é um mero símbolo para a Anadir vislumbrar o horizonte perdido. Um simples quadrado para focar anos e anos de idas e vindas. Nessas idas e vindas quantos sonhos deixados para traz. Quantos desdobramentos do seu físico e toda a gana de emoções não foram precisos trazer à tona, dia após dia, perseverando, assim, essas idas e vindas geradoras do pão de cada dia - O TRABALHO -
A Anadir olhando pela janela do posto - pneumologia - às árvores do Hospital Guilherme Álvaro, contando particularidades para mim desconhecidas. É um momento das reminiscências tão particularmente dela e só dela. Divagações, lembranças que afloram ao anoitecer fazendo uma chamada geral ao tempo e ao espaço, indo muito além daquele bate papo informal de um plantão noturno.
Das 19 - 7 hs - companheira, hors concours, fora de série
Aumenta mas não inventa,
inventa mas não aumenta.
é a guarda da pneumo...
vou contar pra D. Célia
vou contar pra D. Andrea
subo a serra vou ao COREM...
a sacolinha noturna
parece o baú da felicidade
da linha, agulha e tesoura
o que sai é muita bondade.
da sacolinha caseira
uma laranja e tangerina
da feira à mercearia
açúcar, café e suquinho.
05 hs da manhã
o cafezinho ela faz
só não dá na boca da gente
pois, seria demais.
5:30 hs lá vai Anadir guardar
o bauzinho ideal
volta de banho tomado
como Anadir nunca vi igual.
26.04.2001