GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO V

DESENHO NAVAJO
DESENHO NAVAJO
                                                                               




O QUINTO DIA – O UNIVERSO TOMANDO FORMA



Todas as coisas multiplicavam-se em demasia, porém jamais alcançavam a infinidade DELE. Diante da compreensão conjuntural imponderavelmente incompreendida pelas múltiplas partes de si mesmo surgia a dialética das dicotomias insanáveis do ponto de vista particular.

As oposições contumazes eram meras eventualidades face ao entendimento absoluto do éter completo. Neste momento nasceu Ego e Id, constituindo todos os eventos cosmológicos na imensidão do Self.

(Todas as coisas tomam proporções na medida das relações fática emocionais oriundas do entendimento do embate aparente da dissociação e individualidade de suas partes)

ELE – onisciente, onipresente e onipotente – continha. Tudo passou orbitar em seu substrato. Todas coisas se revelaram esparsas e aprisionadas numa força atrativa insuperável que nada tinha e Tudo continha. Sim, porque, não era claro nem escuro; não era positivo nem negativo; não era massa nem energia; não era visível nem invisível; não era sensível nem insensível; não era certo nem errado; não era forte nem fraco; não era pequeno nem grande...Era onde tudo gravitacionava. Força gravitacional.  

O absoluto em si mesmo era de uma neutralidade aberrante e incômoda. As coisas nela estavam sem saber estar. Confinados num espaço sem limites tomaram conta de si sem compreender a que realmente pertenciam. Individualizaram-se nas suas dúvidas e deram sentido a tudo perceptivelmente existente.

O absoluto em si sempre conteve o imperceptível em si, por isso mesmo continuava o Universo se apoderar de qualquer matéria para formar uma figura no substrato imaterializado.

Assim se faz eternamente o conhecimento de si. Por Ele se conhecer em si, fez com que cada minúscula parte se conhecesse em si. De todos os infinitos conhecimentos surgiram infinitos formatos que se estenderam “ad infinitum”.

Cada conhecimento reflete novo conhecimento em desdobramento necessário e inevitável. De cada escolha realizada nova revelação sentida boa ou não. A isto denominou livre arbítrio.

Do livre arbítrio Todas as coisas se orientaram conforme o sentido. Múltiplas formas nasceram, cresceram, se desenvolveram e envelheceram no Cosmos: segundo o costume.


Ele permanece o Mesmo: como fonte primária de criação.