ENCARA

SUSAN MEISELAS




Vire-se e olhe nos meus olhos
Encare olho a olho e tente não desviar
Deixe-me enxerga-lo como há de me enxergar
Não minta, não invente, não dissimule
Seja sóbrio, como devem ser humanos
Difícil empreitada, verdadeira
Dizer-se sem mascaras.

Mas fala, o corpo diz
Seja por sobrecarga, seja porque quis
Ninguém esconde nada
Aparece por um triz
Se expande como luz por todos
Os recônditos do seu, meu, nosso
Como ser ou não ser feliz.