PETER PAUL RUBENS
Odeio as malditas causas perfeitas.
Percebestes que as boas intenções são cheias de armadilhas?
Muitas ações revestidas de seriedade,
respeito, probidade, maturidade, conformidade, em verdade esconde, nas suas
entranhas, a maldade obscura da falsidade.
Grupos que ostentam conceitos bem
definidos - sobre o bem e o mal - ou definem com exatidão o certo do errado,
geralmente se enveredam em boas razões do que não se deve fazer, ou seja, metem
os pés pelas mãos arbitrariamente. Mentem com uma realidade atroz que fazem das
suas personalidades verdadeiras relíquias do cinismo.
Estamos observando, atualmente, em
nosso Brasil varonil, uma corja de vagabundos que sempre pregaram a retidão.
Estes bons entes confundem nossa avaliação
de maneira a considerarmo-los melhores e mais bem capazes de nos guiar para o
local seguro.
Mas não são apenas nossos incautos
representantes da democrata politicagem que vestem pele de cordeiro na carcaça
de um lobo, também temos religiosos, benfeitores e uma imensa gama de
indivíduos anônimos cheios de intenções depravadas.
Na minha opinião, estes anônimos que
se espalham como poeira em meio a multidão são a maior preocupação nociva que
se deveria considerar.
Não é o político safado que rouba
descaradamente nossos pertences o problema maior, e sim, o safado prudente que
por omissão ou ação equivocada ratifica a hipócrita deslealdade
.
Bem, estas minhas palavras não devem
significar nada, afinal somos todos imperfeitos...
Por isso, deixemos as coisas como
estão, vou eu cuidar do meu lado...
Deixa eu ver se arranco uma grana de
um otário qualquer pregando meu sermão...
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