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DAN FLAVIN |
Em um dia tranquilamente lento
Em que se acorda sobre lençóis brancos
Como brandos são os sonhos
Lembranças boas de um episódio lúdico;
Em um dia nebulosamente pesado
Em que se acorda sobre lençóis molhados
Como tormentas são os pesadelos
Lembranças precisam se apagar;
Em um dia euforicamente animado
Em que se acorda sobre lençóis fofinhos
Com alegria de um sonho tranquilo
Lembranças de um dia promissor;
Em um dia em que a noite passa em claro
Em que se dorme em lençóis com espinhos
Apreensão de um sono que tarda
Lembranças das preocupações que não cessam;
Naquela noite que se agitava
A cidade iluminada se erguia
Em outro canto dominada: dormia
Na cidade, sempre, um dia novo adentrava;
Com força ganha
Ou perde a força;
Em sedentos redutos variadas luzes inflamam pessoas
Em lugares ermos, poucas luzes, quase todas apagadas
De qualquer jeito
Reflete na cabeça dos homens clarões e penumbras
Paira sobretudo o silêncio;
Nestes momentos, tantas mentes pensam,
Sonham internamente: o risível
Das próprias possibilidades
Do amanhã despertar
Ou nunca mais acordar.