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| LOUISE BOURGEOIS
A Terra
treme na medida em que treme seu interior
Quanta luz
ou escuridão deveremos imputar ao céu
Para que o
homem perceba que o Mundo é seu mundo
Para que
entenda suas consequências
O
sentimento mais profundo
Reverbera em
profundidade nos outros também
Pessoas que se relacionam naquele momento
No liame
formado entre as gentes
Na reciprocidade
do animal que convive entre bons e maus
Na necessidade
de se aparentar em espécie
Da perspectiva
do que somos e seremos
para sempre as juras de amor contempladas entre seres individuais
Que se
amontoam nos recônditos da caverna escondida
Ao tempo que ilumina pra fora do recinto
E na soma de
todas intenções multiplicado por tantos quantos existentes
Dividimos os
malfeitores dos benfeitores
Dividimos as
morais que tanto bem nos traz
Para
resultar num resto de prosseguirmos
Caminhar. |