CREDO

MARIKO MORI



Diante do belo emudecem as almas

As mesmas que estupefatas se horrorizam

Também almas que se regozijam pelo escárnio

Em abrupto declínio ou ascensão não deixaram

Substancialmente serem almas

As quais flutuam no mundo do éter

Que ninguém nunca soube percorrer

Já que em um lugar presumido nunca existiu

Um mundo de tão singular sentido

Em que não faz mais razão em persegui-lo

Nem tampouco entende-lo

Deixando a alma ir

Plainar litorais, sobrevoar planícies

Sempre a desejar inatingível

Conquista que passou despercebida

Numa alma embebida em infinitos

Seres
Vivos.