MARIKO MORI
Quando acorda meu corpo
Dou-me conta de estar vivo
Agradeço o quão infinito sou neste momento
E quantos outros mais sentirei
Dando-me conta em cada instante
Que serei aquilo que sempre fui: infinito.
Essa força poderosa que invade o pensamento
Eletrifica todos os nervos
Mantendo em constante funcionamento
A máquina de energia infinita
Aos sabores e dissabores da vida.
Mas não é ela, não sou eu
Algo que dita o caminho
Aclives, declives
Não são acidentes, nem milagres.
É Ele que integra, compõe
Tão sutilmente a decisão de tudo
Que pareço escolher ou ser escolhido
Quando na verdade o que decido
É para Ele nem mais, nem menos
Daquilo Tudo que já está decidido.
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