EDVARD MUNCH
Espuma de forma tão essencial
Uma espuma que se forma assim,
tão natural
Impactam ondas quebrando no
beira-mar
Magnânimo firmamento
deitando-se
Nos braços das altivas
montanhas
É a realeza passando
No reino da natureza
Cheiro, som, fricção na areia
Nos pés, nas mãos, no corpo
todo
No espírito
Forte ser fragilizado
No pensamento
Incorporado contemplando o
sentido
Das marés que sobem e descem
Vaivém interminável de tudo que
começa e termina
Mesmo que não se saiba onde
começa nem onde termina
Altos e baixos
Da vida que se entende
controlável
Em felicidades e infelicidades
que se desorganizam
Reorganizando-se em instituições
tais
De quem projeta exatamente o
quê quer
Quer saber o porquê de viver e
morrer
Assim, certo das convicções
caminha
Em direção as ambições ou não
Temerariamente decididas.
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