ARPAD SZENES
Somos formados de pura
individualidade,
Contaminados pela
individualidade do outro,
Sei dos meus
pensamentos,
Das minhas absolutas
resoluções,
As quais como
caravelas, navegam...
Em comunidades de
indivíduos lançados ao mar,
Proscritos ao sabor
das correntes: errante...
Flutuam grandes
navios no imenso oceano de nomes distintos.
Ainda que contemplados
particularmente,
Somos os mesmos,
De formas diferentes,
Ainda que uma única
ideia,
Somos adição e
multiplicação
Nas equações de nós
mesmos.
Inevitável composição,
Colcha de retalhos,
sinfonia de muitas harmonias,
Sou eu o que penso,
Sou eu ao acaso,
Sou eu o que pensam
de mim,
Sou eu quem me faço,
Sou eu
verdadeiramente,
Mas, também sou todos
ao redor,
Sou mesmo eu sem
deixar de escutar.
Preciso apenas pensar
o que devo dizer a você,
Preciso apenas saber
o que você quer de mim,
Porque, apesar de
tudo, necessito de você e você de mim.
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