CÂNDIDO PORTINARI
O rugido do trovão
Carregando o cheiro da tempestade
Invade o coração
Num misto entre respeito e incredulidade.
Sempre antecedido pela força do raio
Risca o espaço indecifrável
Amedronta incautos
Seduz olhos atentos
O céu todo pisca
Enquanto preces silenciosas salvaguardam o coração laico.
Mergulhados em expectativas
Seres fragilizados se resignam em multidão
Que se apressa em dissipar ou não
Fugindo ou correndo na direção
Dos sobreavisos
Dos sonhos que se consumarão.
O rugido do trovão
Cada cabeça uma emoção
Cada tempestade uma sentença
Ou não...
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