PAWEL KUCZYNSKI
Ainda
muito pequeno, por volta dos meus onze anos, precisamente no ano de 1983, ouvia
reiteradamente a frase: “devemos cuidar das nossas crianças, elas serão o
futuro...”
Não
raro, nas reuniões familiares de final de ano, quando tios, tias e primos se reuniam
em casa para celebrar o Natal, data esperadíssima por nós crianças, que ansiávamos
encontrar os primos favoritos, um número grande de parentes, fartura de comida
e, obviamente, o tão sonhado presente de Natal, entre uma conversa e outra dos
adultos, algum deles asseverava aquela frase citada, atribuindo-nos uma
responsabilidade da qual não entendíamos, tampouco, tínhamos noção da sua
abrangência.
Atualmente
aquela frase não só faz sentido, como se revelou um vaticínio verdadeiro.
Minha
geração, a dos anos 70, são os adultos de hoje. Por mais que uma parcela desta
geração pareça sofrer da “Síndrome do Peter Pan”, a maioria ocupa cargos
importantes na sociedade organizada, também no crime organizado.
O
fato é que o rumo do Planeta está sendo guiado por decisões daquela geração.
Claro que há a contribuição imprescindível das gerações anteriores, entretanto,
vemos com muita frequência grandes empresas, política, jornalismo, científico,
social, enfim, vários setores da sociedade estar sendo dirigido por pessoas da
geração setenta.
Exatamente
hoje, Emmanuel Macron foi eleito Presidente da França, uma potência europeia importantíssima
para o rumo da política e economia Mundial.
Este
rapaz de apenas 39 anos comandará um país estratégico no cenário internacional.
Nossa
geração galgando patamares ainda maiores. Veja só nossa responsabilidade. E o
futuro?
Pelo
que percebemos dos nosso filhos, ainda crianças, totalmente inseridos no mundo
digital, dá para ter uma noção do que o futuro nos reserva.
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