EGON SCHIELE
Muitas
vezes não caibo dentro de mim
Mas
preciso me acochambrar
Para
não xingar
e mandar todo mundo para àquele lugar.
Entre desesperados, aflitos
Sádicos e masoquistas
A fera corre solta
Com dentes afiados
Encravando suavemente na moleira
A mordida de um animal cheio de dedos
Quem tem pressa de enclausurar na jaula
o irracional que avançou sobre o racional.
Coletivamente acochambrando-se
Todo o mundo retorna ao status quo
Volta ao silêncio do vazio cheio.
A
conversa então
Flui
em propostas tão coesas
Que
dá medo
Frio
e calafrio
De
ninguém ser verdadeiro.
Cuidado
nos movimentos
Metricamente a emoção
Goteja prudentemente
Até a próxima explosão
Até a fera mostrar suas garras
Atacar e te comer.
Diante
das verdades
Que
se omite em contar
Diante
das mentiras
Que
profere para acreditar.
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