SISTEMA SIMPÁTICO E PARASIMPÁTICO

JOSÉ LEONILSON BEZERRA DIAS


As engrenagens sincréticas indissolúveis
Dentro do cérebro conectado com a urbe
Movimentam-se na simplicidade intrincada
De uma breve ilação.

Como toda complexa grande catraca
Ajuntada com todas tantas outras
Maiores, menores, sincronizadas
Girassem cada qual no instante
Em exato momento finalístico da presença
Em ser sinapses de algum pensamento
Que se esvaiu.

A retórica da palavra que se solta pelo ar
Que espirra em espiral
Através do nervo cerebral
Constrói a semântica.

Estupefatos pelo que nos assalta
O sentimento sincrônico
Pela objeção alheia
Faz o sentido
Mas, disfarça para prosseguirmos naturalmente.


E quando as catracas cansadas
Trazem a cor ocre da ferrugem
Pelo tempo que se movem
Ou desistiram de correr
Surge de fato
O liame diacrônico da memória.