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| PABLO PICASSO
Sentado
na cadeira com os olhos bem abertos
A
tela do visor num clarão se fundia
Ao
redor estranhamente o Mundo tinha todos espectros
Diante
de imagens nada nítidas o olhar se perdia.
Muitas
pessoas e vozes
Diluíam-se
como sirene alarmante
Distanciando-se
como ambulância que corre
Levando
toda desgraça adiante.
Bem
longe de tudo
Estava
ali
Próximo
a tudo.
Os
acontecimentos ao redor aconteciam
Paralelo
ao corpo sorvido pela esfera do limbo
Onde
não se quer respostas ou elas se distanciam.
Acolhedor
torpor que energiza a inércia em atuar
Flutuando
sob emoções indiferentes
Expressamos
e gritamos opiniões contundentes
Para
tudo permanecer em seu mesmo lugar.
Bem
longe de tudo
Estava
ali
Próximo
a tudo.
Rezando
para as horas passarem
Ir
embora daquele lugar
Encontrar
a segurança da minha linhagem
Ainda
que tudo isso seja o meu próprio lugar.
Sou
eu alto artista
Do
jogo de um único jogador
Onde
todos no tablado EU como diretor
Escolho
entre vários que atuam aquele ou aquilo que me reflita.
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