PRIMEIRAS ANÁLISES

TAKASHI MURAKAMI

As previsões dos institutos de estáticas eleitoral estão se confirmando, por outro lado, enormes surpresas estão se materializando.

Na média, para o cargo de Presidente da República não há muita surpresa, a não ser aqueles que estavam midiaticamente no páreo, com apostas de preferidos, mas agora chegam nos últimos lugares.

 Interessante o movimento do brasileiro, que entendeu estar afastada a ameaça do PT ganhar em primeiro turno, e por isso acreditou na liberdade de votar em quem realmente acreditava.

Neste sentido, podemos observar a grande porcentagem de João Amoêdo, que mesmo fora das propagandas eleitorais, debates televisionados e objeto de estudo dos comentaristas, alcançou uma posição privilegiada, principalmente quando se quantifica os candidatos “preferidos”.

Isso demonstra uma qualidade positiva da democracia, onde é maior o desejo do povo pela mudança, pelo novo, pela cisão, ruptura, independentemente do que a televisão tenta nos fazer acreditar.

Pela primeira vez, a polarização bárbara entre os azuis e vermelhos, também incentivaram, em parte da população, a reflexão racional e pacífica das realidades que um país precisa para verdadeiramente implementar a mudança.

Temos um cenário nem tão drástico e apocalíptico, porque o povo, dentro de uma realidade de informação pulverizada e menos oligárquica, fez com que uma parte importante dos eleitores, um número considerável de eleitores não concorde com os dois presidenciáveis que competem ideologicamente o segundo turno.

Ainda que o militarismo, o fascismo venha a ser vencedor em segundo turno, temos a certeza que as liberdades individuais conquistadas as duras penas e com esforço ao longo da história não estará ameaçada, pois metade da população acredita no respeito as liberdades individuais, portanto, permitirá as mudanças necessárias, mas com os limites da razoabilidade e respeito às conquistas sociais e humanas.