KÄTHE KOLLWITZ
A
pele enrugada, o andar lento, os pelos brancos
E
as mesmas perguntas que a nós fazemos
As
mesmas inseguranças que nos acompanham
A
persistente incerteza do caminho
Seu
inevitável “final”.
Final
do que?!
Se
nem o início conheço.
Mas,
a lógica de todas as coisas
Seguem
um parâmetro sucessivo
De
fatos, atos, que se sucedem tão verdadeiros
Que
nos levam a crer que o que existe
É
de fato o fim
Quando
nem é começo.
Perdidos
numa selva de vida
Estabelecemos
marcos na existência
Criamos
obstáculos e limites
Para
não nos perdermos
Em
tudo que é infinito.
Criamos
todos os pensamentos possíveis
No
pálido ponto azul.
Desbravamos
além da Terra,
Sem
ao menos conhecer os recônditos
De
nós mesmos.
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