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| TARSILA DO AMARAL
São
as mulheres seiva da vida
O
ânimo do espírito
O
corpo bem formado ou imperfeito.
São
elas a representação
Da
existência em si
São
formas de objeção
Daquele
que escolhe agredir a própria existência.
São
elas o início, meio e fim
De
uma história cheia de lacunas
De
uma estória feliz, também sofrida
São
elas mães.
Na
inescrupulosa carcaça da Terra
Há
o veio profundo da maternidade
Donde
tudo surge e se cala
Donde
se revela as coisas todas
Os
bens os maus, os bons e os imateriais.
Há
neles algo delas
Impregnado
delas andam fortes homens
Perseverando
a macheza refletida
De
quem um dia esteve fêmea e amor.
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