Qual
arcabouço do seu conhecimento?
Quais
estradas percorreu?
Que
lugares frequentou?
Quantos
livros leu?
Quantas
vezes se perdeu?
Com
quantos estranhos se deparou e tantos quantos pelo caminho se apaixonou?
Que
lugares lúgubres, mofados, almiscarados frequentou?
Quais
casas iluminadas, cheio de conforto se depositou?
Quanto
de iluminação e escuridão transitou?
Quanto
de você se ergueu altivo, contra as efemeridades do mundo, revolucionando as
ideias, com convicção inabalável da potência?
Quantos
obstáculos, desilusões, frustrações atingiram forte e certeiro sua existência?
Quantas
vezes parou, voltou pra trás?
Quantas
outras tantas criou forças para correr atrás?
Quantos
foram os dias de risadas e sentimentos realmente felizes?
Que
quantidade de lagrimas tristes por instabilidades, dores, diferentes matizes?
Quantos
momentos linchou o inimigo?
Em
momentos outros implorou pela parcimônia do amigo?
Quanto
cometeu crimes, sem punição?
Quanto
se puniu para obter absolvição?
Quantas
palavras ao longo da vida foram opinião?
Que
miríades de outras tantas foram submissão?
Dicotomia
da vida, de qualquer ser humano saudável
Aquele
que assim não vive, não reflete, é inescusável
Impõe
à alma o maior dos males, o de carecer:
Viver,
sem conhecer.