PRISMA

VICK MUNIZ


Obras grandiosas são construídas pelas mãos humanas,

O Homem escreveu a história, interveio na natureza

Ao ponto de mudar o curso, influir no rumo, alterar o mundo

Tudo por um motivo:

Forjar uma marca indelével para jamais ser esquecido.

 

Levantamo-nos às vozes para ressoar nos quatro cantos

Levantamo-nos da escuridão da ignorância

Em busca da iluminação druida

À procura da revelação do Divino sopro da vida.

 

São tantos que tentam obter a explicação

São tontos apalpando em meio a escuridão

Que do ciclo de incertezas empíricas

Encontramo-nos bucolicamente na esperança de ter razão.  

 

Há a Física e a Matemática

Há a Biologia e a Política

Filosofia e um Universo imensurável

Para nos imprimir a percepção mutável

De estranhamente vivermos o paradoxo perene e inevitável.

 

Nossa esplendorosa concretude

Indubitável pensar-existir

Ainda que de todo pensamento

Conclua ser uma variável fugaz

Fagulha de fotóns, que nem se sabe o lugar.

 

Enfim,

Felizes tentamos percorrer

Isto que achamos conhecer

A prevalência tênue, mas fidedigna do nosso existir.