MAIS UM ANO



Voltamos àquele ponto,

O ponto da singularidade.

 

O ponto em que não há cabimento,

Nem espaço, nem tempo, nem prosperidade.

 

Não há também desilusão,

Porque viver sem dúvida é espetacular.

 

,

 

Em tempos como estes, parecemos sem opção,

Entretanto é mecanismo íntimo recapitular.

 

Da mera introspectiva das coisas que acontecem

Estabiliza os tempos que se sucedem,

Harmoniza os que se sucederam,

Da vontade de chorar,

Da vontade de sorrir,

Da vontade de esquecer,

Da vontade mais ainda de viver.

 

Mais um ano: que chamam ou denominam aniversário,

Um xamâ, um domínio,

A certeza indelével do nascimento,

Consolidação de um espaço percorrido,

Impressão no espírito a certeza da alma vivente,

Caminhando plenamente

Junto aos nossos iguais, aos próximos, a todos os presentes

São todos e tantos presentes que me regozijam,

Fazem-me acreditar,

Apegar-me aquele que por algum motivo

Faça todo e maior sentido.

  

Sim, Eu Acredito.