REDEMOCRATIZAÇÃO

O MAR
Jussara Nunes de Oliveira



Dialética: em sentido bastante genérico, oposição, conflito originado pela contradição entre princípios teóricos ou fenômenos empíricos.

Sempre respeitei muito a dialética, pois através da existência humana entre seus pares, no cotidiano particular das relações, nas experiências pessoais entre os nossos, se impera as concepções dicotômicas, os valores opostos, dos quais, depois de muito embate, muita justa e respeitosa discussão, eclodem num sentido robustamente apaziguador.

A DIALÉTICA, unifica na solidão das próprias avaliações, princípios únicos dos entendimentos das diversas proposições.

Enquanto não alcançarmos o sentido parcialmente tranquilo, sereno, capaz de favorecer discussões ampliadas; não ocorrerá a dialética.

Não se trata de defender uma concepção como única, como se não existisse outra, como fosse esta a verdade absoluta. Isso não é dialética.

Quem age assim não amadurece, não cresce, não forma a dialética. Passa, morre sem sair do ponto.

DIALÉTICA é vibração primitiva, que se amplia no espaço e no tempo.

Porque no espaço e no tempo ela percorre e ocorre tão intensamente, de modo a ser capaz de alterar gerações.

Estamos vivendo no Mundo exatamente o princípio da dialética. No Brasil, de hoje, vivemos contundentemente.

Todos os conceitos opostos estão sendo colocados veemente em voga, de forma absolutamente prudente.

Tão prudentemente ditatorial que, às vezes, nos esquecemos o que realmente é legítimo em uma vida sem sentido.

Esquecemos que a razão é uma percepção baseada nos mais lógicos empirismos do qual caminhamos num destino bom.

Esquecemos que o radicalismo impede vibrar, diminui a observação de ser capaz.

Esquecemos que somente vivemos pela certeza de que somos a incerteza de todas as coisas, direcionados por algum lapso de conhecimento.

Esquecemos que a Ditadura tentou sucumbir nossas reservas de aperfeiçoamento, através de tolher nossa ecumênica liberdade.

Esquecemos quanta dialética foi necessária para alcançarmos os dias de hoje.

Mas....enfim....

Dialética é isso. Não para nunca.

Viva a discussão e o fato de nos redimirmos; o fato de observar, calcular...PENSAR.