Agora...
O Espírito existe pela consciência,
Que consciência é essa que não se explica?
O Agora...
Mas nem precisa,
Porque viver é irrenunciável,
Como o não saber é certeza intolerável.
Um grande palco,
Gigantesco teatro,
Enorme, imenso tablado,
A imensa trupe regozija-se no desempenho roteirizado.
Horda de atores,
Grandioso grupo cênico, de
diretores,
Numerosos são os que se deleitam pelo entorpe,
Como bêbados atuando o insofismável,
Entre sóbrios encenando o
inacreditável,
Caminhamos afora na vulnerabilidade histórica,
Acreditando na estória que nos foi dita.
Não há nada nesta sublime
leveza,
Que não pese de força pungente,
Não há nada desunido do divino capaz,
De desorientar a busca veemente,
Quando não mais que de repente,
O afastamento de tudo, se apraz.
Haverá aqueles que dedicarão explicação
Haverá aqueles que dedicarão sabedoria
Haverá aqueles que dedicarão revelação
Haverá aqueles que dedicarão apatia,
Ninguém haverá de alcançar,
Porque lugar algum há de se chegar,
Agora...